segunda-feira, 11 de março de 2013

Stonehenge pode ter sido cemitério de elite 3000 a.C.








Pesquisadores divulgaram que antes do monumento existir, foi erguido no mesmo lugar um círculo onde eram enterrados grupos familiares.


Pesquisadores britânicos propuseram uma nova teoria sobre as origens de Stonehenge neste sábado: o monumento, ao Sul da Inglaterra, pode ter começado como um cemitério para famílias de elite por volta do ano 3000 antes de Cristo.


Novos estudos de restos humanos cremados escavados do lugar indicam que, antes que o Stonehenge que conhecemos hoje fosse construído, foi erguido um grande círculo de pedra no mesmo lugar, como cemitério.


- Os restos eram de homens, mulheres e crianças, muito provavelmente grupos familiares - disse o professor Mike Parker Pearson, da Universidade College London, que coordenou a equipe desse estudo. - Havíamos pensado originalmente que Stonehenge era um lugar de enterro de uma dinastia de reis, mas parece ter sido como uma comunidade, uma estrutura de poder diferente.


O pesquisador disse que os arqueólogos estudaram os restos cremados de 63 pessoas e acreditam que elas foram enterradas ali por volta do ano 3000 a.C. 


A localização de muitos dos corpos cremados foi marcada originalmente por dolerites (um tipo de rocha), esse círculo anterior a Stonehenge tinha 91 metros de diâmetro e pode ter servido como lugar para enterrar outras 200 pessoas, segundo Parker Pearson.


Há várias teorias sobre Stonehenge, inclusive a de que era um lugar para serviços religiosos dos druidas, um observatório astronômico ou um lugar de curas espirituais, construído por ancestrais da Grã Bretanha que percorriam a terra com seus rebanhos. 


Parker Pearson disse que estudos mais recentes indicam que Stonehenge devería ser visto menos como um templo religioso que como uma construção que servia para unir as pessoas de toda a ilha.


A análise dos restos de um assentamento neolítico perto do monumento indicaram que milhares de pessoas viajaram de lugares distantes como a Escócia para Stonehenge, levando com elas suas famílias e seu gado para celebrar os solstícios de inverno e verão.


Os pesquisadores estudaram os dentes de porcos e gado encontrados no “acampamento de construtores” e deduziram que os animais foram sacrificados entre nove e 15 meses depois de nascidos, na primavera. Isso significa que muito provavelmente eles foram comidos nas comemorações.


- Não pensamos que os construtores do monumento viviam ali todo o tempo. Determinamos que quando eles sacrificaram os porcos, estavam celebrando os solstícios - disse Parker Pearson, que considera que os construtores ficaram temporadas para erguer o monumento, mas não por muito tempo, provavelmente durante uma década.



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