quinta-feira, 18 de abril de 2013

Hope: Existe um diamante com poder de amaldiçoar quem o possui?

Aspecto do diamante Hope em 1974
 

Os diamantes já foram temas de inúmeros filmes, livros, documentários, e são um dos objetos mais valiosos do mundo, não apenas pelo seu alto custo agregado, mas também por seu valor histórico.


Os gregos da Antiguidade, por exemplo, acreditavam que o fogo de um diamante refletia a chama do amor, na Idade Média, as pessoas acreditavam que o diamante possuía o poder de reatar casamentos desfeitos (hoje em dia, ele pode atar casamentos de maneira prática, mas isso agora não vem ao caso), e ainda na Idade Média era usado em batalhas como símbolo de coragem.


Nome originado do grego “adamas” significa “inconquistável, indomável” devido a sua rigidez e dureza. 
 
 
No Brasil, os primeiros diamantes foram encontrados na cidade de Diamantina, em Minas Gerais, em 1725, e durante cerca de um século, o Brasil dominou a produção mundial de diamantes, elevando ao máximo a sua exploração, extração e comercialização.


Existem inúmeros diamantes famosos ao longo da História, um deles é o Hope, um diamante que não proporcionou muita sorte nas mãos dos donos pelos quais passou. 
 
 
Se há ou não uma maldição sobre o Hope, não há como afirmar, mas a própria História mostra o quão infelizes foram às pessoas que possuíam esse diamante. 
 


A lenda da maldição do diamante Hope 
 


Este diamante tornou-se conhecido na década de 1660, quando o rei Luís XIV o comprou de um comerciante francês. 
 
 
A joia possuía originalmente 112 quilates e se resumia em uma enorme pedra azul lapidada em forma de triângulo. O diamante teria sido supostamente roubado de um templo sagrado da Índia, erguido em homenagem à deusa Sita, no qual estava incrustado na estátua da divindade e representava um de seus olhos. 
 
 
Quando os nativos descobriram o roubo, eles teriam colocado uma maldição sobre aqueles que por ventura obtivessem a pedra sagrada.


O que houve, segundo a lenda, é uma sucessão de acontecimentos trágicos envolvendo o diamante. Logo depois que um guerreiro roubou a pedra preciosa, ele foi assassinado. 
 
 
O comerciante francês, que vendeu a pedra ao rei Luís XIV, teria falido e contraído uma grave doença que o matou em meio a horríveis convulsões.


O rei Luís XIV, que nada sabia a respeito, entregou a joia comprada para o seu joalheiro lapidá-la a seu gosto, e a pedra passou a ter aproximadamente 67 quilates, e foi designado como o “diamante azul da coroa”. 
 
 
O rei era acostumado a usar a joia no pescoço em ocasiões solenes, e uma vez a entregou para que sua amante pudesse prová-la.
 
 
Quando a Madame de Monespan provou o diamante, ela também teria sido “amaldiçoada”, e algum tempo depois foi cruelmente abandonada pelo rei, morrendo sozinha e na miséria.


Mais tarde, o bisneto, o rei Luís XV readaptou a pedra para fazer parte do seu pendente da Ordem do Tosão de Ouro.


Anos depois, Luís XVI ofereceu a pedra como símbolo de casamento a Maria Antonieta. Durante a Revolução Francesa, os reis foram presos e decapitados. 
 
 
Na mesma época, suas joias foram roubadas, inclusive o diamante azul, que desapareceu sem deixar rastro. Anos depois os ladrões foram condenados à pena de morte.


Em 1812, a joia voltou a aparecer em posse de um mercador londrino chamado Daniel Eliason. Francis Hope, membro do parlamento, comprou a joia em um leilão, e o seu nome foi dado a joia. Logo depois, morreu de mal súbito. 
 
 
Sua esposa, que ficou com a pedra, morreu queimada em um incêndio que houve em sua residência. Assim, o diamante Hope passou para as mãos do sobrinho da família, Thomas Hope, que em seguida faliu e foi deixado pela mulher.


Thomas vendeu o diamante para um príncipe russo chamado Iva Kitanovski. Ele presenteou uma artista francesa com a joia. Resultado: a artista foi assassinada com um tiro, e o príncipe foi esfaqueado até a morte por revolucionários.


O diamante Hope passou pelas mãos de um joalheiro grego, este caiu de em penhasco, foi vendido a um sultão que algum tempo depois enlouqueceu, e depois um homem chamado Habib Bey teve a posse do diamante, mas não demorou muito e morreu afogado.


A maldição hindu parecia de fato ser devastadora. A joia foi vendida para a família Maclean. Algum tempo depois, a mãe do patriarca morreu, dois empregados da família tiveram o mesmo fim, o filho de 10 anos da família morreu atropelado por um carro, a filha se matou, e a mãe, que era uma alcoólatra, também morreu violentamente. O patriarca entrou em depressão e morreu meses depois em uma clínica.


O Instituto Smithsonian de Washington DC, EUA, adquiriu a pedra em 1958 sendo o atual dono do diamante de reputação negativa. 
 
 
Desde que se encontra em posse do instituto, não houve nenhum incidente nem acontecimentos estranhos que pudessem ser ligados a joia. 
 
 
Apenas mais um detalhe deve ser mencionado: diz-se também, que a pessoa que levou o diamante até o instituto, teve a casa incendiada, perdeu a mulher e o cachorro.


Hope, que no inglês significa “esperança”, é um nome um tanto quanto irônico ou contraditório para algo que trouxe tanta desgraça aos seus donos. 
 
 
Se a lenda é verdadeira ou não, a discussão ficará entre os céticos e crentes de plantão, mas uma coisa é certa, havendo maldição ou não, a sua má fama se estende por gerações bem como a sua inigualável beleza azul.



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