quinta-feira, 18 de abril de 2013

Noite do pesadelo: paralisia do sono é um fenômeno biológico ou paranormal?



Imagine acordar e não conseguir mover nenhum músculo, não ter controle sobre os olhos e nem mesmo a respiração, sentir-se pesado e preso à cama.


Esse estranho fenômeno é conhecido como paralisia do sono. Você tem certeza que está acordando, porém, o cérebro acorda em um estado REM (fase do sono na qual ocorre a maioria dos sonhos) bloqueando os neurônios motores, para que eles não obedeçam às ordens.


Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, pode ajudar a entender como pessoas que sofrem deste fenômeno podem se sentir mais ou menos angustiadas. 
 
 
Muitos acreditam que a paralisia do sono é causando por algo sobrenatural, a sensação não é comum e causa nervosismo, além de culturalmente ser associada a fantasmas e criaturas sobrenaturais.


No Brasil, a paralisia do sono tem relação com a lenda da “Pisadeira”, durante o sono, uma mulher pisa sobre o peito da pessoa que está dormindo, enquanto essa vê tudo, mas não pode se mexer.


Em 2012 pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram duas substâncias químicas no cérebro responsáveis por essa paralisia muscular, a glicina e a GABA (ácido gama-aminobutírico); antigamente se pensava que só a glicina era responsável por esse comportamento. 
 
 
O experimento realizado em ratinhos constatou as duas substâncias envolvidas, facilitando o desenvolvimento de tratamentos para distúrbios motores associados ao sono. 
 


Noite do Terror 
 


Os episódios de paralisa são acompanhados por alucinações e sensação de falta de ar. Algumas pessoas acreditam que estão prestes a morrer, outras tem a sensação de estar caindo ou flutuando sobre o corpo. 
 
 
Essas experiências de sentir que está caindo ou de morte causam mais angústia e medo do que apenas a paralisia, revela o estudo publicado no jornal Clinical Psychological Science.


Os pesquisadores James Cheyne e Gordon Pennycook, da Universidade de Waterloo, entrevistaram 293 pessoas, a maioria mulheres, que contaram sobre suas experiências com a paralisia do sono. 
 
 
Foi descoberto que as pessoas ficavam mais angustiadas depois de alucinações relativas a alguma ameaça, quando eles tinham crenças sobrenaturais sobre sua causa.


O estudo identificou também que pensadores analíticos são menos propensos a acreditar em crenças sobrenaturais, o que diminuía as chances de serem afligidos novamente pela paralisia. 
 
 
O estudo não pode fixar uma relação causal com o fato de pensadores analíticos estarem menos propensos a ter a paralisia, mas é importante ter a consciência da implicação que as crenças podem realizar na ocorrência deste fenômeno. 
 
 
 
 

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