quarta-feira, 3 de abril de 2013

Testes com infravermelho afirmam que o Santo Sudário não é uma falsificação medieval



Pesquisas com infravermelho comprovam que o Sudário de Turim já existia na época em que Jesus Cristo viveu, o que indica não se tratar de uma falsificação.


O Sudário de Turim, ou também conhecido como o Santo Sudário, é uma peça de linho, símbolo de grande polêmica, que divide opiniões principalmente entre os cristãos e a comunidade científica.


O Sudário é protagonista de tanta polêmica porque mostra a imagem de um homem que supostamente tenha sofrido inúmeros traumatismos físicos em decorrência da crucificação. 
 
 
 
Muitos cristãos acreditam se tratar do manto que cobriu o corpo de Jesus Cristo, sendo motivo de veneração e respeito.


Entretanto, de acordo com testes feitos em 1988, se havia chegado à conclusão de que o manto não passava de uma falsificação medieval.


A peça de linho é retangular, mede cerca de 4,5 metros de comprimento e 1,1 de largura, e apresenta a imagem de um homem de 1,83 metros de altura.


Em 1898, o fotógrafo italiano Secondo Pia tirou a primeira fotografia do Sudário, e constatou que o negativo da fotografia era parecido com uma imagem positiva de um homem barbudo, que logo foi associado à imagem de Cristo.


Ao que tudo indica, segundo testes recentes, os cristãos podem sim ter motivos para acreditar que a mortalha tenha envolvido o corpo de Jesus, pelo menos é o que divulga a nova pesquisa.


Cientistas dataram o objeto entre os anos 300 a.C a 400 d.C, o que indica que o material pode ter sido feito durante a vida de Jesus. 
 
 
Usando testes forenses para comparar as fibras do manto, com outros tecidos antigos da mesma época, os cientistas chegaram a uma conclusão que contradiz a versão lançada em 1988, feita pelo Museu Britânico, que acreditava se tratar de um tecido feito na Idade Média 1.000 anos depois da crucificação, entre os anos 1.260 e 1.390 e, por assim dizer, caracterizado como falso.


No entanto, os cientistas da Universidade de Pádua, Itália, acreditam que os resultados obtidos em 1988, foram distorcidos por conta de o material ter entrado em contato com água e fogo, durante um longo período.


Embora, o tecido tenha sido analisado minuciosamente por especialistas, ninguém consegue explicar como a impressão de um rosto humano se manteve intacto por tanto tempo.



Os autores do livro “II Mistero della Sindone” (O Mistério do Sudário), que foi publicado na sexta-feira passada, dia 29, e que contém as conclusões desta recente pesquisa, o professor Giulio Fanti, especialista da Faculdade de Engenharia da Universidade de Pádua, e o jornalista Saverio Gaeta, estudaram as fibras do Sudário com amostras de tecidos que datam entre 3.000 anos a.C até os tecidos modernos, para constatar se houve de fato alguma falsificação ou manipulação na Idade Média.


Comprovou-se então, que as fibras do Sudário provêm de um período entre os anos 300 a.C até 400 d.C. A única questão a ser discutida, é se o manto envolveu ou não o corpo de Jesus.


O Sudário está guardado na Catedral de Turim, na Itália, desde o século XIV. Pertenceu desde 1357 à casa de Saboia que em 1983 o doou ao Vaticano. O tecido é raramente exibido em público, a última exposição foi em 2010.


A TV estatal italiana irá transmitir as imagens do Sudário, quando este for mais uma vez exposto, entretanto o acesso ao público está programado para acontecer daqui a 12 anos, em 2025.
 
 
 
 

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