segunda-feira, 6 de maio de 2013

Misteriosa pedra escrita em hebraico revela ressurreição messiânica antes do nascimento de Jesus




No ano de 2008 foi divulgado os resultados de uma pesquisa envolvendo uma pedra histórica encontrada oito anos antes na Jordânia.


O que havia de surpreendente no artefato? A pedra misteriosa escrita em hebraico, que faz menção ao anjo Gabriel, apresenta um texto profético que era desconhecido desde a época do Segundo Templo Judaico.


Essa misteriosa pedra, já que não se sabe quem foi o autor do conteúdo registrado nela, data aproximadamente do século I antes de Cristo, e causou grande polêmica, pois, de acordo com o que à escritura antiga revela, ela coloca em xeque a percepção sobre as origens do Cristianismo, além de revelar que os judeus já acreditavam na vinda de um Messias e que ele morreria e ressuscitaria após três dias, antes mesmo do nascimento de Jesus.


Quem analisou a escritura hebraica e teve todo o trabalho de fazer a transcrição do documento foi o pesquisador Israel Knohl que afirmou que o texto “poderá mudar a visão que temos do personagem histórico Jesus. 
Esse texto pode constituir o elo perdido entre o judaísmo e o cristianismo, à medida que insere na tradição judaica a crença cristã na ressurreição de um Messias”.


Knohl é professor de estudos bíblicos da Universidade Hebraica de Jerusalém, e baseou sua teoria em uma linha um tanto quanto delicada, já que polemizou a discussão quando decodificou e traduziu certa passagem do texto como “três dias mais tarde, você deve viver”.


O texto em hebraico foi escrito com tinta sobre uma pedra, e é constituído por 87 linhas, sendo que algumas letras e palavras inteiras foram danificadas e apagadas com o passar do tempo. 
Knohl manteve todos os seus esforços na análise da linha 80, justamente a mais polêmica, onde há os termos “três dias mais tarde” que são precedidos por uma palavra que está apagada e que, segundo o pesquisador, configura-se como o verbo “viver”.


A frase e a sua interpretação dividem as opiniões de diversos arqueólogos e pesquisadores. Tanto que no ano seguinte, em 2009, houve uma conferência internacional para debater as diferentes versões atribuídas ao texto.


O único consenso que se tem é que todos concordam se tratar de uma escritura de natureza apocalíptica que apresenta a revelação de que o arcanjo Gabriel “despertaria o Príncipe dos Príncipes três dias depois de sua morte”.


Treze anos após a descoberta da pedra, no dia 1° de maio deste ano, o artefato histórico foi posto temporariamente em exposição pelo Museu de Israel, sendo considerado o documento mais importante encontrado na área desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.


Essa é a primeira vez que a pedra é exposta com grande destaque no Museu de Israel, já que das outras vezes que havia sido mostrada, ela estava na companhia de diversos artefatos bíblicos em Roma, Houston e Dallas.


De acordo com os curadores do Museu, apenas 40% de todo o documento escrito é legível. A leitura apresentada por Knohl é apenas uma das cinco versões diferentes expostas sobre o mesmo documento.


A exposição também exibe a participação do arcanjo Gabriel nas três religiões monoteístas nas quais aparece em diferentes relatos. 
Em um fragmento dos Manuscritos do Mar Morto, por exemplo, é mencionado o nome do anjo, bem como nos manuscritos do Novo Testamento onde o mesmo anjo prevê o nascimento de João Batista, e também aparece à Virgem Maria nas escrituras do Alcorão iraniano do século 15 ou 16.


A aparição deste ‘ser celestial’ em três manuscritos de religiões diferentes, bem como as traduções atribuídas a Pedra Gabriel, assim denominada a pedra em exposição, são motivos de debates e estudos que podem contribuir para que se desenvolva uma reavaliação ou uma nova concepção da visão popular em torno de Jesus, assim como a visão acadêmica que se tem a respeito deste personagem.


Levando isso em conta, pode ser que muitas teorias em torno dos próprios relatos bíblicos modifiquem os seus contextos históricos, o que não deixaria de ser um campo delicado a se entrar, já que é sabido que a religião é uma área que não só divide opiniões como também cria diversas, amplas e acaloradas discussões a respeito.

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