No treinamento inicial, máquina irá “despencar” de uma altura de 55 quilômetros
AFP PHOTO/Frederic J. BROWN
Equipamento poderá pousar no planeta por meio de técnica de desaceleração supersônica, que será testada em junho.
A Agência Espacial Americana (Nasa) vai testar um equipamento
semelhante um um disco voador, que poderá levar pessoas a Marte.
Trata-se de uma sonda planetária conhecida como “Desacelerador
Supersônico de Baixa Densidade” (LDSD, na sigla em inglês), que
permitirá um pouso suave no planeta.
Em junho, os moradores da
pequena ilha havaiana de Kauai terão a visão incomum do equipamento
“despencando” para a superfície do oceano, depois dele ser transportado
até uma altura de 55 quilômetros por meio de uma combinação de foguetes e
balões de alta altitude.
No auge do treinamento, o O LDSD vai
alcançar a velocidade Mach 3,5. A partir daí, discos infláveis e um
paraquedas gigantesco - que aumentará consideravelmente o arrasto
atmosférico - permitirá a redução do ritmo de queda para Mach 2.
O
objetivo do projeto é permitir o pouso de cargas maiores sobre a
superfície de Marte - um planeta cuja fina atmosfera (apenas 1% mais
densa que a da Terra ) faz a aterrissagem ser extremamente difícil.
-
Pode parecer óbvio, mas a diferença entre o pouso e choque é a hora de
parar. Para Marte, nós só temos duas opções: foguete ou arraste
aerodinâmico - explicou à revista New Scientist o chefe do laboratório
de propulsão da Nasa, Allen Chen.
A técnica testada pela agência
já havia sido utilizada em 1976, quando a missão Viking implantou
paraquedas e foguetes para soltar com segurança um par de sondas no
planeta. No entanto, como os atuais robôs ficaram mais pesadas e
complexos, os cientistas estão tendo dificuldade em assegurar uma
descida segura.
Por que um projeto tão complexo?
A
Nasa já havia desenvolvido uma estrutura tecnológica gigantesca para
lançar o foguete que levou o veículo-robô Curiosity - de aproximadamente
uma tonelada - à Marte. Na ocasião, a aproximadamente 20 metros do
solo, um guindaste desceu o robô, que abriu seis “patas” com rodas e
iniciou sua aventura no planeta.
No entanto, para missões humanas -
que devem suportar pesos superiores a 100 toneladas -, o esforço terá
de ser significativamente maior, já que o mecanismo de guindaste não
funciona. Por isso a agência alega que será preciso desacelerador o
supersônico a ser usado.
A Nasa acredita que o novo sistema de
“disco voador” poderia suportar cargas entre 1 e 10 vezes mais pesado do
que Curisioty. Os testes prosseguirão nos próximos dois anos.
Fonte: O Globo Online
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