quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Guerra química no século III a.C.


Um investigador da Universidade de Leicester (Reino Unido) identificou o que parece ser a mais antiga evidência arqueológica de uma guerra química encontrada até agora.

Data nada mais nada menos que do terceiro século a.C., no que é hoje a Síria e cujas vítimas foram um grupo de soldados romanos nas mãos dos Sassanidas persas.

Em uma reunião do Instituto Arqueológico da América, o especialista britânico James Simon apresentou argumentos relacionados a vinte soldados romanos, cujos restos mortais foram encontrados em uma mina perto da cidade de Dura-Europos, na Síria.

Suas mortes não ocorreram devido a ferimentos de espada ou lança, mas por asfixia, causada por um ataque de gás venenoso.


Betume e enxofre


"Para os persas, matar vinte pessoas em um espaço de menos de dois metros de altura e largura, e cerca de 11 metros de comprimento, requeria poderes de combate sobrehumanos", acrescentou.

Os restos encontrados revelaram que os Persas utilizaram betume e cristais de enxofre para asfixiar os romanos em poucos segundos. Quando estes materiais são acesos, emitem densas nuvens de gases Asfixiantes.

"Os persas teriam ouvido os romanos abrindo um túnel e prepararam uma desagradável surpresa ", explica James. A utilização desses produtos em um cerco de minas foi mencionada em textos clássicos.

Para além da evidência arqueológica, se deduz que os persas tinham conhecimento desta forma de combate.


Fonte: 20 minutos

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