Pesquisadores acreditam que medidas tiradas de restos mortais
encontrados em uma ilha do Pacífico são “virtualmente idênticas” às da
aviadora americana desaparecida Amelia Earhart.
Os restos foram encontrados em 1940 na ilha de Nikumaroro, conhecida
na época como Ilha do Jardineiro. Na época, descartou-se a
possibilidade de que eles pertencessem a Amelia Earhart.
O vidro à esquerda foi encontrado na ilha de Nikumaroro. Ele é
extremamente parecido com um cosmético anti-sardas usado nos anos 1930 –
inclusive por Earhart.
Cientistas acreditam estar perto de desvendar o mistério do desaparecimento da aviadora americana Amelia Earhart, em 1937.
Medidas indicam que partes de um esqueleto encontradas em 1940 numa ilha remota do Pacífico podem pertencer à aviadora, anunciaram pesquisadores do Grupo Internacional para a Recuperação de Aeronaves Históricas (TIGHAR, na sigla em inglês).
A
ligação potencial dos ossos com Amelia Earhart foi descartada na época
porque um médico britânico disse que a ossada pertencia a um homem. Foi
somente em 1998 que o TIGHAR revisou os apontamentos do médico e
determinou que os restos mortais pareciam “consistentes com uma mulher
de altura e origem étnica semelhante à de Earhart”.
Antropólogos
forenses recentemente noticiaram que os antebraços do esqueleto pareciam
mais compridos que a média, o que os levou a estudar fotos de Earhart
para determinar o comprimento de seus braços. Suas medidas são
“virtualmente idênticas” às dos ossos descobertos há 76 anos, concluiu o
TIGHAR.
“A semelhança, é claro, não prova que estamos falando de
Amelia Earhart, mas é um dado novo e significativo que nos aproxima
dessa conclusão”, disse o grupo em comunicado de imprensa.
Não se sabem quais eram as medidas exatas de Earhart. O TIGHAR pediu ao
especialista em imagens forenses Jeff Glickman uma análise de fotos da
piloto, morta aos 39 anos. O objetivo era especificamente obter uma
medida do úmero e do rádio, ossos do antebraço.
Uma das fotos analisadas mostra Earhart de frente para a câmera, com os braços ao lado do corpo. O
úmero encontrado na ilha de Nikumaroro, na época conhecida como Ilha do
Jardineiro, tem 32,4 centímetros. O rádio tem 24,5 centímetros, o que
significa uma proporção de 0,756.
Glickman indicou que a proporção entre o úmero e o rádio de Earhart seria de 0,76.
“Estatisticamente,
mulheres nascidas no fim do século 19 (Earhart nasceu em 1897) tinham
uma proporção média de 0,73 entre úmero e rádio. Em outras palavras, se a
ossada pertencia a uma mulher etnicamente europeia, de meia idade, ela
tinha antebraços consideravelmente mais compridos que a média”, afirmou o
TIGHAR.
As conclusões do TIGHAR são “atraentes”, mas não oferecem informações concretas, disse Andrew Nelson, antropólogo da Universidade de Ontario Ocidental.
“Calcular
proporções é mais seguro que tentar estimar uma [medida] absoluta”,
disse ele ao The Huffington Post. “Gostaria de ver que tipos de
variabilidade existem, porque pode haver muitas outras pessoas com as
mesmas medidas.”
Isso inclui pessoas de outras raças e origens geográficas, disse ele.
Ainda
assim, ele expressou confiança no trabalho dos pesquisadores,
notadamente o antropólogo forense Richard Jantz, que participou da
investigação.
“Jantz é respeitado e acho que ele sabe o que está fazendo”, disse ele.
Nelson acrescentou que “não é incomum” que antropólogos usem fotos para medições e comparações. “Fotos
são muito usadas em trabalho forense para estimar proporções, tamanho,
coisas do tipo”, disse ele, observando que e ele coletou proporções
faciais de fotos para ajudar em identificações.
O TIGHAR já havia sugerido que Earhart tivesse morrido na ilha durante
sua famosa tentativa de ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo em
um avião.
Fragmentos que supostamente seriam da sua aeronave foram encontrados na ilha em 1991, que fica um pouco ao sul de uma das paradas previstas no trajeto de Earhart.
Outros itens encontrados na ilha incluem uma embalagem de cosmético anti-sardas, um espelho e botões e um zíper de uma jaqueta.
Fonte: Brasil Post
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